Recuperadas as forças do Gran Turismo e más energias descarregadas chegou a hora de publicar uma teoria sobre as editores de livros.
Os Portugueses no geral não são pessoas de cultura, não são pessoas que passam a vida na Fnac, não são pessoas de leitura assidua falo claro, de literatura, a verdadeira arte de escrita, ficção ou não. É claro que há excepções como a Bola e outros jornais desportivos, mas não é disso que venho falar. Se os Portugueses não lêem também não compram livros logo qual é o interesse das editoras a vender livros como Mourinho: Sou muita bom ou Simão Sabrosa: Como ser futebolista sem carácter?, não seria mais rentável se as editoras apostassem em livros de algum interesse para pessoas que lêm em vez de andar a tentar chegar a outros leitores? Tenho a certeza que sim, não tou a ver um Ribatejano à noite a ler Os Lusiadas ou um "nortenho" a ler Os Maias. Quanto às festas de lançamento, não sei se o dinheiro gasto com Margarida Rebelo Pinto será bem investido, mesmo quem gosta de revistas "cor-de-rosa" já se fartou de uma rapariguita que tem a mania que sabe escrever, mas mal sabe ela o quanto intragável e light ela pode ser, isto sim é arte no verdadeiro sentido da palavra, uma artesã de palavras a fugir as todas as regras impostas pelos grandes nomes do passado e a render-se a Cascais e a sua fantástica densidade de população chiquérrima, gente boa.
Nem sei o que dizer na conclusão, os meus finos e incapacitados dedos mal se conseguem mexer, mas será pelo frio, frio não será certamente mas talvez seja o vulto que se aproxima surrateiramente, é um vulto pequeno mas assustador. Eu escorro suor por todo os poros, ele precentiu a minha angustia e calmamente diz:
- Vem jantar antes que leves! - disse-me a minha mãe...